terça-feira, 30 de agosto de 2011

Uma sensação de impotência...

Tento recapitular o que sei sobre avaliação. Julgamento, juízo de valor. Processo, caminho ou ponto de partida para tomada de decisões.É pela avaliação que buscamos o melhor, aprimorar um procedimento, redimensionar ações. Quando atrelada `quantificação, avaliar pode ser tornar mera classificação e então, a irracionalidade encobre o certo, o devido, o justo. No caso da Educação, avaliar como sinônimo de medição pode significar des-educação.

Escolas agora recebem notas. Pelo quê? Pelo número de processos administrativos, pelo número de aprovados-reprovados ...e o resultado disso se reflete nos holerites dos professores. Então, melhor calar, negar um fato, deixar de pedagogicamente discutir e ensinar alunos os percalços que às vezes eles mesmos provocam no espaço escolar. Que ninguém emita uma opinião, que os professores impeçam-se de trazer à aula o assunto que está no pátio, nos corredores, entre carteiras e alunos. E assim, dizem que estamos fazendo educação. Num Estado imbuído do todo poderoso Senhor da Avaliação é preciso o silêncio que consente o atroz, que sustenta o monólogo, que confere mediocridade ao papel do professor para a nota da escola seja mantida.
É...e dizem que estamos educando melhor, porque os professores, escolas e sistemas estão constantemente sendo avaliados. Resta saber que educação é essa, que sentido é esse de ser e estar professor. Por hora, apenas uma pesada sensação de que estamos sendo professores pela metade, estamos numa escola em ruínas.E mesmo assim, dizem que estamos fazendo educação.

18 comentários:

  1. Só posso discordar.
    O quantizar do aprender no aprendizado só é possível através da avaliação e a avaliação tem sim que ter Dono. O estado dono do ensino é tambem dono da avaliacão e então o aprender só pode ser considerado aprendido se o que se aprendeu resultou em resultado na avaliação.

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  2. Não discordo da importância da avaliação. Discordo da forma de se avaliar e o que se faz com esses resultados. O Estado dono do ensino? Dono?????

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  3. TUDO deve ser número para que o que é DONO decida.
    Aquilo que se traduz em um número bom é bom. Aquilo que não, é ruim.
    A prática daquilo que se conlui bom em números deve continuar.
    O que não produz um bom número deve terminar. Obter bons indices é tudo, é sim o que importa.
    Só assim teremos um sistema de aprendizado perfeito e nos tornaremos máquinas perfeitas, perfeitamente adequados para um fim perfeito.

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  4. O estado até pode ser o DONO. Mas aquilo que permitirá quantizar o saber que uma escola deixará de herança no inóspito daquele aluno que chegou sem nenhum conhecimento de nada para mim será a maneira de avaliar corretamente aquele aluno. Os critérios de avaliação podem ser os mais escalafobéticos possíveis no entanto o que interessa é que o professor no mais longínquo rincão do Brasil saiba semear a educação. Se for preciso que se ensine embaixo de uma árvore mas que se ensine.

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  5. Faltam virgulas embaixo da arvore. Além disso, isso só funciona sob as macieirras da terra da Rainha. Aqui temos pés de jaca. Newton teria morrido e não formularia teoria alguma sobre a gravitação. Obviamente, se ensina coisa nenhuma embaixo das árvores.

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  6. Se você quer SABER da VERDADADE, eu vos digo que o ENSINAR está muito devagar e o que o professor precisa compreender, é que a rapidabilidade condicionada ao fator velocidalidade do ENSINAR gera no desempenho do aluno de maneira única e individual rapidez e velocidade de APRENDER. Equilibradamente persisto. Prossigo para o caminho da LUZ. Meu foco é o avanço, sempre com equilíbrio e buscando ENSINAR. Individualidade e coletividade caminham paralelamente, pois a invidualidade de um professor em ENSINAR e a coletividade dos alunos em APRENDER formam uma equipe vitoriosa. Quando a passionalidade de um professor no ENSINAR (em seu âmbito coletivo), é evidenciada, afeta em seu rendimento, como coletividade.

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  7. Essa sua crítica é um processo importante para a minha escrita. Não consigo ver de outra forma.
    Tenho que escrever e errar para atingir um grau de maturidade.

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  8. Coisa boa flagrar esse diálogo aqui....tanto a pensar, tanto a qualificar, tanto a correr, talvez tanto a persistir nesse ofício de ser e estar sendo professor.

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  9. A parcela de contribuição no fracasso do NÃO SABER ENSINAR eu assumo, mas não sei quantificar. O SABER ENSINAR não te permite muito tempo. É reciclar e seguir o trabalho. Minha conversa foi simples hoje com os alunos: pra passar por uma ponte tem que haver equilíbrio. A esquecibilidade nos remete ao fato de que as vezes esqueçemos as coisas.

    O QUE É COMPETÊNCIA NO ENSINAR? É OPORTUNIDADES + QUALIDADE + ORGANIZAÇÃO ....INFELIZMENTE OPORTUNIDADE E RESULTADO COBRADO PELO ESTADO TOMAM CAMINHOS DIVERSOS EM UMA AVALIAÇÃO E POR ISTO PERDEMOS MUITAS VEZES....MAS PARABÉNS AO HOMEM DE CULTURA EUROPÉIA, POIS SÃO DERROTAS COMO AS DA AVALIAÇÃO DO ENSINO DA AMÉRICA LATINA E DO CARIBE QUE MOSTRAM A FORÇA PUNJANTE DO BRASIL E SUA CAPIBALIDADE EM SE REGENERAR E ENSINAR ENSINANDO O APRENDER!"

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  10. Não nos esqueçamos que não devemos tomar remédio sem febre e que não devemos achar que não temos febre se não medimos a temperatura com um termômetro.

    "Aquele que passa a ponte não precisa de equilibrio se sabe onde se segurar." Sku-mdun

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  11. Quando você está sozinho praticando o SABER ENSINAR, você está exercendo a individualidade. A rotinalidade do SABER ENSINAR nada mais é que a conjectura e conjuntura dos fatores rotineiros, oriundo do dia a dia. A questionabilidade em questão é se o estado ao se julgar DONO DO ENSINO, no tocante a ser comedido e equilibrado, tende a se questionar dentro de si. Na maioria das vezes, ou seja quase sempre, a derrota na AVALIAÇÃO DO ENSINO acontece devido a ausência da ousabilidade e agressividade de se ESTAR ENSINADO no seu todo.

    O Grande Gazoo diria que no quintal dos Jetsons não se sabe coisa nenhuma sobre o dicionário do índio francês.

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  12. Sem avaliacao, aquilo que se ensina e nao é aprendido por aquele que acha que sabe acaba se tornando aquilo que aquele que nao sabe acha que deve aprender quando ouve o que acha que sabe ensinando.
    Tem-se um circulo vicioso onde os efeitos difusivos acentuados nessa turbulencia dissipam o real conhecimento. Surgem perdas e irreversibilidades no aprendizado. Nao existe teoria que comprove que a temperatura do inferno aumente com a chegada de mais e mais almas ignorantes, a cada dia, mas que no céu as coisas estao esfriando, isso estao.

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  13. Prevejo possibilidade para pervencer o meu direito de SEMEADOR DA EDUCAÇÃO, porquanto perecem pressupostos primários permissíveis para propugnar pelo presente pleito do ENSINAR NO ENSINO, pois prejulgo pugna pretárita perfeitíssima a minha maneira de SEMEAR O ENSINO. Nunca o DONO DO ENSINO se preocupou em questionar o professor na sua maneira original, que nunca se desoriginou e nem nunca se desoriginalizará.

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  14. Prezado Sandoval. Refleti bastante por esses dias e somente reafirmo minhas desconfiancas de que nao da mais para estar sendo professor sem tradicao. A palmatoria, o milho para ajoelhar e o chapeu de burro ja se foram. A proxima a ir é a avaliacao. Nao teremos mais como obrigar ninguem a aprender. Eu vou desistir. Em breve deixo de ser professor. Vou fritar bolinhos em Miami.

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  15. OTIMISMO, pois o LÁZARO RAMOS vai chegar FINALMENTE ao trono do Palácio de Phenon Phen antes do FIM DO MUNDO.

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  16. Ensinar, aprender, ritmos, sonhos, diálogos....a cada esquina é assim. Escreveram e nada disseram!!! Mas, valeu a visita!!

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