Ouvi isso hoje.Veio de uma música que Maria Gadú canta(ou declama?).E fiquei pensando nos sonhos que vêm antes do adormecer. Dos sonhos que nos mantém acordados. E é por eles que a vigília acontece e perdura, em instantes muitos de esperança, de tentativas, de erros, de buscas. Sim, sonhamos para manter a vida inteira-plena borbulhando em dores, em prazeres, em alegrias e em amores. Só após tanta vigília, tanta atenção nesse viver em sonhos que ousamos fechar os olhos. E dormimos para garantir o intervalo necessário aos sonhos. Para que eles se recuperem de nós e sobrevivam a nós e continuem sempre sonhados. Dormir, então é apenas uma forma de deixarmos nossos sonhos quietos, apaziguados por algumas horas. E quando abrimos os olhos, estão lá, os sonhos. Sonhos nos chamando para a lida diária de vivê-los. Primeiro sonhamos...e depois, dormimos.
quarta-feira, 23 de março de 2011
domingo, 20 de março de 2011
Noite de poetar...
Poetar era o verbo convidando para a festa. E foi poetando que começaram a chegar, transformando todo o espaço branco e vermelho em espaço de prosa, de verso, de beijos, risos e afagos. Colegas, feito amigos por convivência e afinidade, vieram, embrulhados em presente. É, porque cada um que entrava, parecia expor uma fita prá ser desenlaçada num abraço. E foi assim que poetamos. Noite regada de lua cheia e chão ainda molhado pela chuva que se ofereceu, um pouco antes, para refrescar os passos. Poetamos assim, devagar e com barulho de vozes que se misturavam.
Em cima da mesa, junto com bolo, cervejas, refrigerantes e caipirinhas deixaram, quando foram embora, um baú de palha. Um baú feito de poesias. Nele se tocaram Manoel de Barros, Gildes Bezerra, Drummond, Pessoa...Com aromas, cores e texturas diferentes, as poesias dizendo mais que discursos, acalentando além das palavras, o baú foi aberto e reaberto muitas e muitas vezes. Lido, relido, revisto, sentido.
Poetar era o verbo do convite. Poetar continuou o verbo do encontro. Poetar agora como verbo da lembrança. E é poetando que agradeço os amigos que tenho, as pessoas que admiro e todos que quero tão bem. Quero poetar mais, quero poetar sempre e quero tudo isso num baú de palha.
Em cima da mesa, junto com bolo, cervejas, refrigerantes e caipirinhas deixaram, quando foram embora, um baú de palha. Um baú feito de poesias. Nele se tocaram Manoel de Barros, Gildes Bezerra, Drummond, Pessoa...Com aromas, cores e texturas diferentes, as poesias dizendo mais que discursos, acalentando além das palavras, o baú foi aberto e reaberto muitas e muitas vezes. Lido, relido, revisto, sentido.
Poetar era o verbo do convite. Poetar continuou o verbo do encontro. Poetar agora como verbo da lembrança. E é poetando que agradeço os amigos que tenho, as pessoas que admiro e todos que quero tão bem. Quero poetar mais, quero poetar sempre e quero tudo isso num baú de palha.
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