terça-feira, 15 de novembro de 2011

MARINA, MINHA IRMÃ...

Bife acebolado que jamais comeremos outro igual. A cozinha na hora da bala de côco sendo esticada, cortada e comida ainda quente. O bolo sendo confeitado e as línguas de fora à espera do suspiro decorado desmanchando nas bocas famintas de doce.

Férias, portas e janelas todo o tempo abertas, os passeios de bicicleta, o trajeto até a piscina, com bóias de pneus, as festas de final de ano, os porres tomados e as ressacas tratadas.

As histórias bem contadas, os risos provocados, o jeito solto de conversar e de falar bobagens, os tocos de cigarro em todos os cantos da casa. As atitudes transgressoras, as travessuras, a coragem, as costuras, os cortes de cabelo, as sacolas de compras quando chegava de São Paulo.

Lembranças...feitas de tantas imagens, de tantas histórias que preenchem a infância de tantos que aqui hoje estão. Lembranças de lambari. Mas uma Lambari de um certo modo. Lambari da casa da Tia Marina e do Tio Haroldo.

E cá estamos novamente...comemorando mais uma matriarca, dessa família feita de mulheres fortes, corajosas, resistentes. Estamos aqui, mais uma vez com tudo misturado, nossas histórias, nossas diferenças e nossa imensa vontade (acho que pouco dita)de simplesmente estar juntos. E torcendo para que nossos filhos e os filhos de nossos filhos continuem vivendo essa coisa gostosa e indescritível de família...

Bifes, bolos, balas, festas, passeios, risadas, histórias e dramas são alguns dos muitos prazeres que Tia Marina nos propiciou. A acolhida sempre alegre, a forma tranqüila com que comandava o caos na casa que a gente fazia de acampamento de férias...

Ao indagar sobre o que poderia comprar de presente prá Tia Marina, Lelena disse: escreva aquelas coisas bonitas prá ela. Não sei se consigo...porque as coisas bonitas, foram vividas e estão aqui, em cada um de nós, nas lembranças que temos, nas histórias que compartilhamos e que só família é capaz de entender.

E este ano, de repente, tornou-se o ano de comemorações. Espero que mamãe e “Marina minha irmã”, entendam que nós, filhos e filhas, sobrinhos e sobrinhas, netos e netas, queríamos mesmo dizer a vocês o tanto que vocês nos ensinaram e o tanto que somos agradecidos por terem nos proporcionado tanto em carinho, em atenção, em cuidado e em amor.

Tia Marina, Marina, Marina minha irmã... Quem nos presenteia é você. Que nos ensinou a rir, a ter leveza no viver, a simplificar as horas. A gente está aqui prá receber esse presente e dizer o tanto que a gente gosta de estar aqui. Mais uma lembrança prá ser cuidada, guardada e rememorada em outros encontros que certamente faremos.

Marina, Morena Marina...desculpe, mas faça o favor, você já é bonita com o que Deus te deu...

E vamos comemorar!!!!

Beijos

Rita...nov/2011

Bem-vindo...