domingo, 5 de junho de 2011



Bombeiros e professores, vozes que não se ouvem, ofícios imprescindíveis. Como imaginar, aos modos de Ivan Illich, uma sociedade sem escolas e espaços urbanos sem o serviço dos bombeiros? Como conceber uma sociedade onde inexistem professores e bombeiros?Ambos, em suas especificidades, são importantes na medida em que traduzem um sentido de segurança às pessoas, de alguma certeza de que ainda é possível a convivência e a sobrevivência num mundo tão sedento de sentidos. Professores e bombeiros carregam consigo o símbolo do cuidado, da aposta na vida humana, no amparo às pessoas. Corpos que são salvos de dores, de aniquilamento. Almas que evitam o resfriado pelo cultivo de saberes. Profissões que deviam ser reverenciadas por qualquer dirigente, valorizadas e respeitadas pela diferença que fazem no bem-viver comunitário. No entanto, cenários atuais(ou de sempre) apontam o descaso e um tratamento ignóbil a estes dois segmentos preciosos de nossa sociedade.
Algo está de cabeça prá baixo, algo está fora de lugar. Será nosso juízo? Será a inversão de valores que esfrega estranhamentos em nós? Serão o exercício de poder e as picuinhas políticas que encobrem posturas ainda ditatoriais no país?
Como professora e como cidadã registro aqui minha indignação à forma como a sociedade(e somos todos nós!) (des)cuida de profissionais raros, imprescindíveis. Profissionais que merecem um salário suficiente para continuarem sua missão de segurança e amparo aos milhões de outros cidadãos. Que sejam respeitados, que sejam ouvidos, que sejam valorizados!

Um comentário:

  1. Por que não valorizam profissões importantes?
    Aumento de salários? greves? vá lá. Valorizar significa importar-se com, significa gostar, cuidar e parafraseando Peninha concluo: "Quando a gente gosta, é claro que a gente cuida". Merecemos acima de tudo respeito. Salve Professores e Bombeiros!

    ResponderExcluir

Bem-vindo...