domingo, 10 de julho de 2011

O peso de ser ficção...


James Ellroy , João Ubaldo Ribeiro e outros...desconversam sobre literatura, e exibem sobre o seu modo de ser, de viver e se esforçam para se mostrarem excepcionais, com idéias loucas e pouco usuais, como se isso os fizesse especiais.Não, escrever bom texto, apresentar tramas bem armadas, fazer bom uso das palavras não podem ser suficientes para autorizar escritores a se mostrarem tão desdenhosos com a própria literatura e tão generosos consigo mesmos, principalmente quando se esforçam com uma disfarçada displicência. Melhor eles se apresentarem para nós apenas por meio do que escrevem....e que cada leitor construa a imagem do escritor que nos apraz. Que o feio, o arrogante, o covarde e o sarcástico que existem neles, fiquem ali, escondidos, esquecidos. Que deixem para nós a sua Literatura apenas. E que a Flip não se resuma a cultos personalísticos, mas à discussão e cultivo de idéias e de conceitos.Flip como espaço do sensivelmente compartilhado, mais do que lugar de exibicionismos que empobrecem e rasuram a Literatura. Não quero ouvir e nem ver meus autores preferidos. Melhor degustá-los pelas palavras que escrevem e pelos sentidos que eu, como leitora, deposito nelas.

Um comentário:

  1. Infelizmente Flip virou sinônimo de negócio.O pior seria perder espaços para os autores de fora. Precisamos de novos escritores e novas idéias.

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