terça-feira, 31 de maio de 2011

Dignidade aos professores!!!



Conversas de professor. Não apenas compartilhando-as na rádio, mas garantindo-as nas aulas. E foi num desses bons papos, muitas vezes, por meio de teóricos que pensam a educação e o currículo, que um cenário se apresentou. Aos poucos foi sendo desenhado, tomando corpo e indignação em mim. Como é possível as escolas proibirem seus professores de fazer suas refeições na própria escola? Que lógica é esta que desconsidera, nega corpo, saúde e necessidade de alimento dos professores? Que lógica é esta que despreza a presença do professor como parte e sujeito do processo educativo? Como exigir competência, compromisso e práticas decentes dos professores, se eles se percebem não-sujeitos da rotina de refeição da escola? Em algumas escolas, nem esquentar suas marmitas pode o professor. O que se desvela deste cenário? Afastemos as cortinas! Há nisso uma mensagem. Como um quadro de recados, o que se avista é “o que importa aqui é garantir alimentos para os alunos e só existe verba para eles. Os professores, coadjuvantes, não podem ser contabilizados nesse gasto em alimentação”. Junto a essa mensagem, podemos vislumbrar equívocos que colaboram com a desvalorização do magistério, com o desrespeito pelos professores apregoado em notícias diárias. Se nem em seu locus de trabalho o professor se percebe e se sente dignificado e cuidado, o que dizer ou esperar em termos de outros alimentos, menos palpáveis, intangíveis que preenchem a alma dos que ensinam?
Não adianta jingle em televisão clamando pelo valor e importância do professor, se as políticas públicas de gestão educacional não atentarem para o necessário cuidado para com os profissionais que garantem o funcionamento de suas escolas. Dignidade aos professores é o que devemos exigir!

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